quarta-feira, 30 de junho de 2010

Qual é a sua vaquinha?

O Mestre, a Vaquinha e o Precipício


Um sábio passeava por uma floresta com seu fiel discípulo quando avistou ao longe um sítio de aparência pobre e resolveu fazer uma visita. Durante o percurso, ele falou ao aprendiz sobre a importância das visitas e as oportunidades de aprendizado que temos, também com as pessoas que mal conhecemos.
Chegando ao sítio, constatou a pobreza do lugar: sem calçamento, casa de madeira, os moradores (um casal e três filhos) vestidos com roupas rasgadas e sujas.
Então se aproximou do senhor, aparentemente o pai daquela família, e perguntou: neste lugar não há sinais de pontos de comércio e de trabalho. Como o senhor e a sua família sobrevivem aqui?
E o senhor calmamente respondeu: meu amigo, nós temos uma vaquinha que nos dá vários litros de leite todos os dias. Uma parte desse produto nós a vendemos ou trocamos na cidade vizinha por outros gêneros de alimentos. Com a outra parte nós produzimos queijo e coalhada para o nosso consumo e assim vamos sobrevivendo.
O sábio agradeceu a informação, contemplou o lugar por uns momentos, depois se despediu e foi embora. No meio do caminho, voltou ao seu fiel discípulo e ordenou ao aprendiz: - pegue a vaquinha, leve-a ao precipício ali na frente e empurre-a. Jogue-a lá embaixo.
O jovem arregalou os olhos espantado e questionou o mestre sobre o fato da vaquinha ser o único meio de sobrevivência daquela família. Mas, como percebeu o silêncio absoluto de seu mestre, foi cumprir a ordem. Assim, empurrou a vaquinha morro abaixo e a viu morrer. Aquela cena ficou marcada na memória daquele jovem durante anos.
Um belo dia, ele resolveu largar tudo o que havia aprendido e voltar naquele mesmo lugar e contar tudo àquela família e pedir perdão. Assim o fez. E quando se aproximava do local, avistou um sítio muito bonito, com árvores floridas, todo murado, com carro na garagem e algumas crianças brincando no jardim. Ficou triste e desesperado imaginando que aquela humilde família tivera que vender o sítio para sobreviver; "apertou" o passo e chegando lá, logo foi recebido por um caseiro muito simpático e perguntou sobe a família que ali morava há uns quatro anos, e o caseiro respondeu: continuam morando aqui.
Espantado ele entrou correndo na casa; e viu que era a mesma família que visitara antes do sábio mestre. Elogiou o local e perguntou ao senhor (o dono da vaquinha): - Como o senhor melhorou este sítio e está muito bem de vida?
E o senhor, entusiasmado, respondeu: nós dependíamos de uma vaquinha que caiu no precipício e morreu. Dali em diante, tivemos que fazer outras coisas e desenvolver outras habilidades que nem sabíamos que as tínhamos; assim, alcançamos o sucesso que seus olhos vislumbram agora.

NHOQUE DA FORTUNA


A versão mais conhecida da tradição relata que há muito tempo, na Itália, um andarilho faminto, tido pela maioria como São Genaro, e por alguns como São Pantaleão, bateu na porte de uma casa humilde pedindo comida.
A família, apesar de pobre e numerosa, recebeu o homem e repartiu a pouca comida que tinham. Somente nhoques. A cada um coube sete pedaços – apenas sete nhoques para cada um.
O andarilho saboreou a sua parte, agradeceu e partiu.
Ao recolher os pratos, a família percebeu que embaixo de cada prato havia muito dinheiro. A partir daquele dia, a fortuna acompanhou aquela família.
Por isso, desde então, todo dia 29 se comemora o dia do nhoque da fartura ou nhoque da fortuna.
O ritual é cada um colocar alguma nota de dinheiro embaixo do próprio prato, comer os sete primeiros nhoques em pé, fazendo sete pedidos. Depois pode comer o restante à vontade. A nota utilizada deve ser guardada pelo menos até o próximo dia 29.

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